Bola em Jogo - Amor à camisa

Lendo uma entrevista de Betão, o herói do clássico paulista no último final de semana, pude constatar que o garoto ama o Timão.
Ele sofre, chora, vibra, joga pelo clube.
Ta certo que não joga tanto assim, mas técnica não se discute.
Mesmo não sendo um craque, Betão tem uma coisa que muitos e muitos por ai perderam faz tempo. Joga por amor à camisa de seu clube do coração. Por isso, joga com raça, até o fim, dando o sangue por uma vitória.
Hoje em dia, creio que Betão seja uma raridade. Tirando Rogério Ceni, não me vem à cabeça algum jogador que ainda ame tanto seu clube, e se esforce ao máximo, com dedicação e sempre se declarando por ele.
No futebol atual, jogador troca de clube como troca de cueca. O que importa é quem paga mais. E nem sempre eles jogam tanto quanto ganham, e geralmente saem fugidos do clube, em busca de outro que lhe paguem mais, para que eles possam jogar menos.
Beijam o símbolo do clube, juram amor eterno, mas todo mundo sabe que o amor dura até as primeiras crises.
O goleiro Bruno, do Flamengo, deu uma declaração dizendo que esperava se tornar ídolo no Rubro Negro. Intenção boa, afinal, o esporte precisa disso, de pessoas como Betão e Ceni. Precisamos ver na prática se o amor é mesmo incondicional..
Os tempos áureos, onde cada rapaz se esforçava ao máximo onde estava, e tinha a cara dos clubes, já foi faz tempo. Hoje, restam apenas indícios de outrora.
Infelizmente, para a tristeza do futebol.