Concordo em uma coisa. Ninguém gosta de levar drible.
Estádio lotado, transmissão para a TV, seus companheiros olhando, e você toma aquele drible desconcertante. Realmente não é a melhor coisa do mundo, e acaba com a moral do jogador.
Mas uma coisa é certa. Tomou? Já era.
Agora preste mais atenção no jogador adversário, não chegue seco na bola, e o principal, aprenda com seu erro. Aprender, depois de cometer um erro, é uma das coisas mais nobres que o ser humano pode fazer. Assim, ele cresce espiritualmente, e se policia para não errar novamente. Seja no trabalho ou na vida pessoal.
Mas tem pessoas que não sabem perder, e não sabem errar. São casos não tão raros dentro do nosso futebol. O exemplo mais recente é de Coelho, que na maldade (maldade mesmo), parou o drible “Foquinha” do menino Kerlon, um dos jogadores de maior potencial dos últimos tempos, como Pato, Robinho, Lulinha.
Luiz Alberto, zagueiro do Fluminense, foi além. Em entrevista, disse que "arregaçaria" o jogador do Cruzeiro, caso ele aplicasse o drible em um jogo contra o Tricolor.
Um bonito drible faz parte do futebol. Se acabassem com as pedaladas de Robinho e de Denílson, os elásticos de Ronaldinho e Rivelino, as jogadas de corpo de Garrincha, o que sobraria? Um esporte só de toques, sem talentos individuais, sem alegria. Sem sal.
Respeito ao adversário é fundamental. Drible sem objetivividade, apenas para provocação, é querer arranjar encrenca, mas quando os movimentos são realizados com um propósito, não tem desculpa. É um crime parar uma jogada desse modo, com falta grosseira, como é a maioria dos casos.Não assassinem o futebol arte. Deixem jogar aquele que sabe jogar. E deixem o torcedor se emocionar e vibrar com cada lance marcante do futebol.