terça-feira, 6 de novembro de 2007

Bola em Jogo – Esporte é Arte, e vice versa 2

Por Pepe Norriebo

As artimanhas usadas pelos técnicos para comover os jogadores são muitas.
Palavras de incentivo, fotos, promessas, xingamentos e até ameaças. Mas um ótimo jeito de motivá-los são os filmes.
Seja ele educativo, mostrando a edição de um jogo passado e os erros de posicionamento, seja caseiro, mostrando a família dando boas mensagens aos jogadores, ou até mesmo ‘hollywoodiano’, mostrando as vitórias impossíveis e fictícias, mas que servem de inspiração para cada um.
Creio que os dois últimos trabalham mais com a emoção dos atletas. Eles entram em campo correndo mais que a própria perna, sem cansar, com ânsia de vitória. Já presenciei muitos times que venceram após uma grande preleção.
O Cruzeiro venceu o Flamengo na última rodada, e grande parte da vitória é creditada, pelos próprios jogadores, ao ótimo filme “Desafiando Gigantes”, visto antes do jogo. O Bahia usou “Treinador Carter”, com Samuel L. Jackson. O São Caetano, no Paulistão, assistiu “Batalha dos Aflitos”, jogo emocionante do Grêmio, e venceu o São Paulo por 4x1. O Santos já usou o filme “Pelé Eterno” antes de uma partida importante (alguns jogadores, hoje em dia, ficariam com vergonha de ver o rei jogando, comparando com o futebol que estão apresentando. Lógico que não citarei nomes... cof cof.. Petkovic... cof..cof...). Até a seleção usou “2 filhos de Francisco (é o amooooooooooooor).

Afinal, quem não se empolga assistindo algum bom filme, com uma boa lição de moral e história, não é mesmo? Lembro que saia dos cinemas querendo ser James Bond, ou brincando de Superman. Não se compara, eu sei, mas só divago sobre isso para lembrar a influência que essas produções tem sobre nós.

Li uma matéria onde dizia que René Simões, técnico do Coritiba, motivou seus atletas através de uma célebre frase do filme “Tropa de Elite”. Resta saber se o técnico esbofeteou os jogadores dizendo “Pede pra sair”, “Traz o saco e a vassoura”, “Quem manda nessa porra aqui sou eu”, “Dá a 12 aí”.

O importante é que funcionou... Quem sabe Nelsinho Baptista não usa essa técnica no Corinthians? Ou os jogadores podem ficar enfileirados e gritar “Primeira Divisão, futuro campeão Brasileiro e da Libertadores” e Nelsinho ser sincero, dizendo “Libertadores? Nunca serão”.

A pergunta que não quer se calar. São Paulo foi campeão Brasileiro depois de assistir “Gaiola das Loucas”, “Priscila, a rainha do deserto” “O segredo de Brokeback Mountain”, shows de “George Michael”, “Cher”, “Madonna” e “Village People”?