Falei tanto do Pan-Americano por aqui. Tiramos com a cara dos argentinos no quadro de medalhas, falamos bem das meninas que conquistaram muitos ouros para nós, demos risada com o tombo de Danielle Zangrando, agradecemos a Deus por termos o nado sincronizado, com Bianca e Beatriz (aliás, parabéns a todas, não só pela beleza, mas pela leveza sob a água).
Mas tudo isso passou, e o TÁ EM JOGO não poderia deixar passar o PARA PAN-AMERICANO.
Temos gêmeas? Não. Tivemos o caloroso HOOOOOY na abertura? Não. Temos Argentina apanhando do Brasil direto? Infelizmente não.
Mas temos atletas fenomenais. Pessoas que, por alguma deficiência física, são um pouco mais limitados, mas que tem um espírito, força e garra que nenhum outro atleta jamais terá.
Quero ver Edinanci ganhar sem um braço, Rodrigo Pessoa saltar sem a visão, Thiago Pereira ganhar zilhões de medalhas sem as pernas, ou até Daniele correr tudo aquilo, para depois cair no fosso, estando em uma cadeira de rodas.
Não estou aqui desmerecendo nossos atletas do Pan, mas sim enaltecendo nossos outros atletas. Aqueles que a mídia não dá tanta importância, nem o público, mas que deveriam ser tratados como verdadeiros heróis, deveriam ter toda a estrutura e todos os holofotes possíveis para que o mundo presenciasse cada feito, cada vitória de todas essas pessoas, que passaram por muitas tribulações, mas que nunca renunciaram da vontade de viver e da vontade de ganhar. Ganhar não só medalhas, mas ganhar da deficiência que os cerca, e mostrar que, apesar de tudo, podem fazer o que qualquer atleta faz, e muito bem, por sinal.
Parabéns a todos os atletas para-olímpicos, cada um deles merecia uma medalha de ouro.
Atualizando.....
E só para constar, o Brasil está liderando o quadro de medalhas.
Com folga.
São 59 ouro, contra 42 do segundo colocado, o Canadá. No geral, são 172 medalhas brasileiras, contra 90 canadenses. Os estados Unidos vem em terceiro, com 29 de ouro e 94 no total.
