Por Breno Marcos Rossi
Quem já foi rei (ou imperador) nunca perde a majestade.
Adriano agüentou o quanto pode, mas novamente, mostrou que de quietinho não tem nada e fez a polemica rolar solta para o lado do Morumbi. Brigou com comissão técnica, jogadores, jornalistas, saiu esbravejando do clube. Desestabilizou o império paulista, em um momento decisivo, de fina de estadual e classificação na Libertadores.
Adriando colocou seu nome novamente nas paginas esportivas, infelizmente, não de uma maneira benéfica, como fez tantas e tantas vezes no passado, quando ainda começava a ser um Imperador.
Hoje em dia, com o titulo romano, Adriano exige um respeito que não concede aos míseros plebeus, exige ser chamado pelo titulo que conquistou, e ao mesmo tempo exige que o esqueçam.
Salve Roma, o Imperador esta louco, e o império, em queda.
A dinastia do Interior surge e promete a salvação.
Quem viver, vera.
E o São Paulo que se cuide. Sempre tão conhecido por fazer ótimas contratações, visando sempre atletas com caráter e integridade, o tricolor andou pisando na bola ultimamente. Conta, em seu elenco, com pelo menos três jogadores com históricos bem problemáticos.
Problemáticos não quer dizer sem caráter e integridade. Longe de mim acusar quem não conheço. Apenas fico esperando e aconselho os antigos sábios tricolores a abrirem o olho e evitarem maiores problemas. Adriano já deu o ar da graça. Será que teremos novas surpresas com outras estrelas do elenco?
Enquanto Adriano surta, outros comemoram, e de um jeito bem inusitado.
Houve um tempo em que os gols eram o ápice para que os atletas pudessem satirizar e tirar sarro do outro time. Era divertido quando era a favor, dava raiva quando era contra. Quem não se lembra de Viola imitando o porquinho, contra o Palmeiras? Renato Gaúcho mandava a torcida se calar, gesto repetido muitas vezes por Romário e Edmundo. Tudo isso fazia da comemoração um atrativo a mais.
Esse tempo passou, e os gols se tornaram realizações pessoais. Eram comemorados sozinhos, de uma forma única, criada por cada jogador, ou comemorados com a torcida, técnico, reservas.
Agora o momento para tirar sarro está de volta. Souza, do Flamengo, comemorou um de seus gols chorando, satirizando a cena da final da Taça Guanabara, onde os jogadores e o presidente do Botafogo choraram na entrevista.
Pronto. Foi o que bastou para uma semana de polemicas e troca de farpas entre os jogadores dos dois times. Pessoalzinho sem humor, não?
No clássico paulista, entre Palmeiras e Corinthians, a comemoração chororo voltou nas mãos de Valdivia. Agora com menos polêmica e mais zueira.
E é assim que tem de ser. Futebol alegre, divertido e descontraído, sem ofensas, mas com uma provocação saudável. Espero ver mais e mais comemorações a la chororo.
Libertadores e redenção.
Se no paulistão, a hegemonia é do interior, na Libertadores, os grandes mostram serviço e deixam para trás as más campanhas. É o caso do Santos, que venceu o Chivas do méxico e tornou-se líder isolado do seu grupo, e do São Paulo, que venceu o Audax, com dois gols de Adriano, prometendo deixar toda a confusão no passado. O Fluminense também esqueceu a eliminação na semi final da taça Guanabara e bateu o atual campeão da Copa Sul Americana, o Arsenal da Argentina, por 6x0.
Veremos até onde irão os brasileiros na Competição Continental.
Boa sorte a todos.